Boca na boca?!

Essa é uma das primeiras poesias que escrevi, eu ainda não sabia direito, mas, acho que aprendi mais um pouquinho, é pura loucura, não mudei nada, justamente, para sentir o tempo.

Ela na minha boca

boca essa boca

que também

boca a boca dela.

São bocadas

de boquinhas apaixonadas

e às vezes de bocarras,

misturando os lábios

abeiçando sem medidas

parecendo querer

arrancarem as almas.

Línguas, dentes, salivas,

estalos, molhadas, secas,

gosto, prazer, doce,

sugadas, mais, mais e mais...

Narrando uma sinfonia louca

de desejos amorosos

atiradas de paixão

pelos donos

que sem critérios

invadem os corpos

através dos beijos

que bocam bocas

sem parar

enquanto houver

amor.