Presos no... paraíso?
Essa luz que invade as retinas
Que medida é essa que em nossa pressa
Expressa, corriqueira...
Passa imperceptível assim, dessa maneira
Na medida exata de refletir conceitos
Nesta prisão de uma dimensão tão fascinante
Que obriga a mente a se condicionar
Como ao frio e ao quente
Ao tempo e ao lugar
Se nem cogitamos desvendar as intrigas
Das coisas terrenas
Como haveríamos de imaginar
Um mínimo segredo das divinas
E essas moléculas em inimagináveis grupos
Arranjadas em formas sem qualquer escrúpulo
Insinuam aos mais férteis de sensibilidade
Que o além do infinito é pura verdade
Que o ceticismo é um instrumento da pedra lascada
E os laboratórios, cavernas estanques, estacionadas
Essa inquietação que permeia a existência
Esses dejavus, essa inconsciência...
Saber de respostas não seria o caso
Sem a capacidade de entendê-las sem explodir algum vaso
Não há analogia à disposição
Que parametrize a compreensão
Resta a longa espera que pode ser um segundo
E a esperança de ainda que pouco profundo
Dermos alguns passos para entender o mundo.