A DESGRAÇA QUE O HOMEM CAUSA A SI MESMO
I
Era uma vez quando o homem tinha civilidade...
Sombras presentes assombrando
Com tormentos profundamente enraizados,
Surtos dessa indústria (sociedade) que fabrica medo_
Fel nas palavras,
Lágrimas tristes num olhar sem esperança,
Casulos vazios com odor de morte sacramentada...
O medo continua tirando o sono das nações...
Bombas destruidoras...
Gás mortífero, viroses, germes,
Vírus invisíveis que nos causam tanto sofrer,
Que nos fazem chorar em soluços...
Mascara cirúrgica no lugar das rugas_
Quantos céticos cegos em suas teorias
Refugiada na banalidade dos fetiches,
Nas lápides banhadas de duvidas...!
II
Era uma vez quando havia amor...
O medo continua presente nas ruas,
Fabricando monstros com mentes de “auto-ajuda”,
Nas buscas incessantes do “eu” dentre de si mesmo,
Aleatório tanto do bem quanto do mal...!
Lideres vendendo conselhos milagrosos;
Lobos das parábolas dos Evangelhos;
Mercenários comprando almas pro diabo...
Senhores da piedade...?
Que piedade é essa?
Embriões de toda corja do mal,
Alguns se mostrando como um “deus”,
Outros se intitulando “mestres”;
Outros mestrados na arte da persuasão,
Pregadores profanos de doutrina caseira,
Sem caráter algum de respeito ao próximo...
III
Era uma vez quando havia respeito...
O medo continua mostrando o seu despeito...
Místicos explicando o que não sabem,
Outros crendo conformados...
Hasteada está a bandeira do duvidar,
Sementes sendo plantadas em paradoxo,
Remoendo algumas questões,
Esmiuçando valores...
Manchando com maldade o véu da razão,
Prisioneiros dos seus próprios preceitos_
Pensamentos errôneos,
Sentimentos de não ter culpa,
Colecionadores de mentiras...
Ninguém mais sabe o que é o amor...
O homem está condenado no seu próprio pecado!
Era uma vez... O medo outra vez...