Cabeça sem fundo
Sobre a cabeça dos poetas
á mesa uma tenebrosa nação
na mão a pena escreve forte
o destino varrido, indo, á pura ilusão.
Quem tem cabeça obedece
as cantigas fúnebres sem coração.
Nós “gente”, ta enrascado
salve o grito do ditador
“Coroné desesperado”, no curral
passos fundos, tempos modernos.
A arma sai da boca
assustando o exorcista
o escravo, o pugilista
adeus sombra... incenso amor.
Caduca falas antigas
machuca meu amor.
Soldados em fileira, se vão
o comando é uma vírgula
escárnio, “soy loco por ti Brazil”.
Batendo palmas
na sola, no chão
temerosos de encontrar
no alto do morro
o outro inteiro “batalhão”...
A revanche é briga feia
é meio, meio é medo
ou quase o fim.
Não morra
na ronda meu amor.
A sigla quer mandar em mim
ao custo da estupidez inábil...
Os semelhantes afrouxam a paciência
qualquer carta disparada atropela
e quem sobrar.... pega o ladrão.