Vou dormir nos leitos dos rios
Onde as águas correm para o mar...
Vou estender os braços
e abraçar o destino de olhos fechados.
Sonhando e tropeçando nos abismos
retilíneos da lucidez.
Vou ter primaveras esculpidas
em pedras, em paredes e
mãos artesãs.
E, ter o gesto finalmente capturado
no flash da memória.
E ouvir ao longe a canção da saudade
A guiar-me no caminho de volta.
Partir é um parto.
Doloroso e seco.
Mas, voltar é reverenciar a criança parida.
É brincar de aprender...
E aprender a brincar.
Voltar é o amor do criador pela criatura.
Voltar é redundância.
Partir é atrevimento.
Vou ler almas
feito livros abertos.
Decifrar sânscrito.
E reverenciar todos os deuses.
Decifrar etrusco
E receber todos os messias.
Os líderes da salvação.
A redenção personalizada.
Pois a palavra liberta.
E o silêncio eterniza.
Vou guardar as estrelas e a lua
desta noite especialmente bela
Vou arquivá-las
nas retinas cansadas
que ainda enxergam o
lirismo em conta-gotas.
Vou beber os orvalhos das manhãs.
E embriagar-me de vida latente
Que ainda está a espreita do tempo.
Vou até a encruzilhada
E sofrer de indecisões frugais
de quem caminha
contando passos e
dominando o infinito.
Vou ter melancolia.
A de ter certeza das dúvidas.
Vou até o seu sonho.
Soprar as palavras mágicas.
E abrir-lhe todos os caminhos e
todas as portas.
Para que possa receber
a rima exata
Da inequação constante.
De ser e estar.
De estar e ser.
Simultaneamente.
Unificadamente.
E, esquecer tudo
imediatamente depois.
Vou dormir no leito dos rios
E aquecer-me com a manta
tramada pela moira-encantada.
Vou esquecer-me em seus braços
e entregar-me fatalmente
em uma bandeja lustrosa.
Sob signos lascivos
de oferecer-se em consumo numa
promessa imaginária...
Nessa natureza cruel e sábia.
Vou cumprir minha sina
Tentando fugir da genética e
da história.
Para não cair
nas teias do previsível.
Não quero ser a presa e
nem caçador.
Nem o alvo e nem a seta.
Não quero ser o outro.
Nem ser a outra.
Quero apenas ser
seu sonho bom.
Numa noite qualquer.
Onde as águas correm para o mar...
Vou estender os braços
e abraçar o destino de olhos fechados.
Sonhando e tropeçando nos abismos
retilíneos da lucidez.
Vou ter primaveras esculpidas
em pedras, em paredes e
mãos artesãs.
E, ter o gesto finalmente capturado
no flash da memória.
E ouvir ao longe a canção da saudade
A guiar-me no caminho de volta.
Partir é um parto.
Doloroso e seco.
Mas, voltar é reverenciar a criança parida.
É brincar de aprender...
E aprender a brincar.
Voltar é o amor do criador pela criatura.
Voltar é redundância.
Partir é atrevimento.
Vou ler almas
feito livros abertos.
Decifrar sânscrito.
E reverenciar todos os deuses.
Decifrar etrusco
E receber todos os messias.
Os líderes da salvação.
A redenção personalizada.
Pois a palavra liberta.
E o silêncio eterniza.
Vou guardar as estrelas e a lua
desta noite especialmente bela
Vou arquivá-las
nas retinas cansadas
que ainda enxergam o
lirismo em conta-gotas.
Vou beber os orvalhos das manhãs.
E embriagar-me de vida latente
Que ainda está a espreita do tempo.
Vou até a encruzilhada
E sofrer de indecisões frugais
de quem caminha
contando passos e
dominando o infinito.
Vou ter melancolia.
A de ter certeza das dúvidas.
Vou até o seu sonho.
Soprar as palavras mágicas.
E abrir-lhe todos os caminhos e
todas as portas.
Para que possa receber
a rima exata
Da inequação constante.
De ser e estar.
De estar e ser.
Simultaneamente.
Unificadamente.
E, esquecer tudo
imediatamente depois.
Vou dormir no leito dos rios
E aquecer-me com a manta
tramada pela moira-encantada.
Vou esquecer-me em seus braços
e entregar-me fatalmente
em uma bandeja lustrosa.
Sob signos lascivos
de oferecer-se em consumo numa
promessa imaginária...
Nessa natureza cruel e sábia.
Vou cumprir minha sina
Tentando fugir da genética e
da história.
Para não cair
nas teias do previsível.
Não quero ser a presa e
nem caçador.
Nem o alvo e nem a seta.
Não quero ser o outro.
Nem ser a outra.
Quero apenas ser
seu sonho bom.
Numa noite qualquer.