Tente mais
Tente entender raciocínios
Estranhos, alheios, anômalos seios
Ninhos góticos, sombrios,
Caminhos múltiplos, vias, rios...
Que se entrelaçam em infinitas, isoladas e parciais conclusões
Dê esse passo no abismo
Se afunde em mil mecanismos
Tratos abstratos
Onde se fundem os mais lúcidos fatos
Com bizarros e abstratos resultados repulsivos
Mergulhe nas mentes opostas
De perfil que não comportaria os seus prismas
Doe-se ao aço em carne viva
De onde se derivaria o bem
Questionando-se sempre sobre não ir mais além
Se entregue como em sacrifício
Sem nem pensar ser ofício ou obrigação de outro alguém
Poste-se inabalável, porto, poço cheio na estiagem, manancial explorável,
Que será recompensado com algum muito obrigado
Que lhe deixará honrado
Considere este só um elo da corrente
E um despautério não ser sobrevivente sério caso isso ocorra um dia
Porque em justos julgamentos
Fartar-se-ão de argumentos legítimos, claros,
Lavrados em documentos que lhe apontam algum desvio
E siga feliz cantando
Nalgum tempo que lhe sobre
Mas não deixe de ser nobre avaliando o momento
Pois coisa mais descabida é alegria incontida
Sem prévio deferimento.