PARTIDA
Alma tremia
Coordenava-a
Então temia
Lamentava mas à via.
Insanamente gritava
Depressa sorria
Sorriso louco
Soluços poucos.
Arrepios breves
Intensidade leve
Levar-lhe-ei comigo
Ao cume, ao abrigo.
Temia então somente
Perder o eixo demente
Na loucura da rua da gente
Faz e desfaz a mente
Que mente descaradamente.
Como que amarrada
Em uma corrente e
Ninguém entende
Somente eu & você
“A gente”.
Que brilha que trilha
Que transborda
Na orla agora,
Observo a loucura
Da nota que embala
Alguma coisa no furor do principio
Do fim do agora.
Penduro sob o pendulo
O amuleto da sorte
Hora azar
Hora morte.
Que marca que descarta
Que se joga fora
Propicia a descoberta
Do que antes não lhe
Interessa, do que se
Vê, que se vem.
Com pressa, que corre
Que busca, em busca
Do novo, na nova, na velha
Tanto já nem sei pra que
Presta.
Que reserva então o direito
De ter-se adquirir
O amor a amizade
E o direito de partir.
Que parta, mas não
Desfaça o que fiz ate aqui
Que seja eterno enquanto
Dure, do finito universo
Ao infinito amor por te.
A loucura das palavras
Que subentende nas entrelinhas
Isso é loucura de poeta
Que escreve que entende
Que ama, que faz rima.
No infinito do desejo
Faço agora um apelo
Desvenda-me
Para que eu o ame
Na loucura de um amor
Com mais profundo desejo.
Contudo a
Alma tremia
Coordenava-a
Então temia
Lamentava mas à via.