Entre a rave e o sarau

Tudo está fervendo e eu morno

Quase frio

Se vislumbro alguma febre, me alegro.

Mas pego o balde de gelo e renuncio

Não dá mais para certos vapores

Fico.

Entre a pena por não dever

E o lamento pela efemeridade dos momentos de quem os vive

Sei que é inexorável

As passagens

Consistências e miragens

As descobertas de como me haver com estes novos tempos e o mesmo eu

As adaptações na verdade não passam de retornos

Agora sob uma nova direção

Paradoxalmente do mesmo mestre:

O tempo

Os barulhos novos só o são pela origem estar próxima

A distância e o tempo são mesmo um só

Repetindo pessoas em versões semelhantes

Replicando ondas diferentes e extremamente parecidas

Por enquanto

Infinitamente.