QU'HOMEM ESTE... (leia-se: COMEM ESTE)
QU'HOMEM ESTE... (leia-se: COMEM ESTE)
(Republicação revista)
***********************
Era um implacável assassino:
Matou, violou, estropiou,
Na impunidade total.
Mas o destino
Veio um dia,
Trocar as voltas (que ironia!)
A tanto mal...
… E foi-se a Vida
(Ou seria: Foice?!).
Disseram com hipocrisia
Na sua despedida:
"Que descanse em Paz"!...
E o corpo ali ficou
Exposto ao Céu,
Depois de o taparem, as pás.
Mas a Paz
Não aconteceu...
Os vermes vieram
E rasgaram, violaram, estropiaram...
As suas mandíbulas fizeram:
Nhac! Nhac! Nhac!...
E aquele corpo gritou!...
E a sua alma implorou!...
Mas a terra abafou
Os horríveis Ais,
Que não pararam mais!...
*********************
08.09.2008, in "Poemas deste e de outros mundos",
NelSom Brio