Eu e Joana em: o despertar (quase) espiritual
Após sete longos dias
Lembro de como despertar é bom,
Minhas lágrimas já secaram
E já não ouço aquele maldito som.
Como está minha Joana?
Vejo que já se levantou,
Despertou daquela experiência
De comer coisas sem conhecer,
De fazer o almoço sem entender
Que não se come raízes com arroz.
Pobre Joana, de coração imaturo,
Com sua alquimia nos trouxe para o futuro:
Lugar vazio, sem luz,
Vovó ainda espera pela vinda de Jesus.
Acho que ele se atrasou,
Mas quem sou eu pra falar uma coisa dessas
Senão um maluco com as portas abertas?
Pelo menos agora não existe prisão,
E como mudou, a tal percepção.
Joana ainda está meio aérea,
Posso ver em seu olhar dilatado
Enquanto conversa com o cão.
Será esse o despertar de Joana
Ou mais uma alucinação?