Comunicar acesso
Maria Aparecida
Falava sozinha
E eu estranhava
Maria parecia
Às vezes com ânimo
Às vezes emburrada
Não tem nada demais
Falar sozinho
Mas ela gesticulava!
(E não disfarçava)
Maria Aparecida
Nem 40 tinha
E era pirada
Maria quando sorria
Fazia covinhas
E avermelhava
E eu, quando me caiu a ficha,
Fui entender que era talento.
Comecei perceber pensamentos
Das árvores, dos bichos, dos móveis.
E de seres invisíveis, as vozes
Pecado é drogar.
Conter, moderar, compensar
Com coisas comuns.
E de tão comum, voltar a ser nada.
Nada exacerbada elevada à potência máxima.
O auge é comungar
Com o universo.
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Maria Aparecida
Falava sozinha
E eu estranhava
Maria parecia
Às vezes com ânimo
Às vezes emburrada
Não tem nada demais
Falar sozinho
Mas ela gesticulava!
(E não disfarçava)
Maria Aparecida
Nem 40 tinha
E era pirada
Maria quando sorria
Fazia covinhas
E avermelhava
E eu, quando me caiu a ficha,
Fui entender que era talento.
Comecei perceber pensamentos
Das árvores, dos bichos, dos móveis.
E de seres invisíveis, as vozes
Pecado é drogar.
Conter, moderar, compensar
Com coisas comuns.
E de tão comum, voltar a ser nada.
Nada exacerbada elevada à potência máxima.
O auge é comungar
Com o universo.
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