Avistou um mundo parado; um lago, e se viu neste espelho...
Olhando para si mesmo, por horas se idolatrando, e de joelhos!
A beleza era estonteante e nada poderia destruir o instante
Os olhos eram diamantes; numa resplandecência fulminante!
Lábios carnudos e feição angelical; um anjo de aspecto sensual...
Cabelo negro e acetinado, e por ele mesmo, ficou enamorado!
Nada poderia humilhar aquele momento de copiosa adoração...
Mísero daquele que aparecesse e se manifestasse em ascensão!
O lago havia mostrado um ser superior a todos do universo
Quem roubasse aquele espelho iria ser a mira do perverso
Jamais deveriam cair folhas sobre aquele retrato ostentoso
Embaçariam a imagem que o deixou completamente vaidoso
Mulheres, para quê mulheres? Elas não somariam à perfeição...
Amores, para quê amores? Ele era o senhor do próprio coração!
Amigos, para quê amigos? Ele era o mais impecável dos mortais...
Fé, para quê fé? Tinha um brilho ímpar que embaçava os cristais!
E paralisado não conseguia se desligar de todo aquele esnobismo...
Estava absorto ao ato radical; o corpo foi inclinando sobre o abismo...
Foi bebendo, bebendo, todo aquele ser! Ingeriu demais, até falecer!
Naquele lago havia tudo o que queria; asfixiou a si mesmo, que ironia!
Olhando para si mesmo, por horas se idolatrando, e de joelhos!
A beleza era estonteante e nada poderia destruir o instante
Os olhos eram diamantes; numa resplandecência fulminante!
Lábios carnudos e feição angelical; um anjo de aspecto sensual...
Cabelo negro e acetinado, e por ele mesmo, ficou enamorado!
Nada poderia humilhar aquele momento de copiosa adoração...
Mísero daquele que aparecesse e se manifestasse em ascensão!
O lago havia mostrado um ser superior a todos do universo
Quem roubasse aquele espelho iria ser a mira do perverso
Jamais deveriam cair folhas sobre aquele retrato ostentoso
Embaçariam a imagem que o deixou completamente vaidoso
Mulheres, para quê mulheres? Elas não somariam à perfeição...
Amores, para quê amores? Ele era o senhor do próprio coração!
Amigos, para quê amigos? Ele era o mais impecável dos mortais...
Fé, para quê fé? Tinha um brilho ímpar que embaçava os cristais!
E paralisado não conseguia se desligar de todo aquele esnobismo...
Estava absorto ao ato radical; o corpo foi inclinando sobre o abismo...
Foi bebendo, bebendo, todo aquele ser! Ingeriu demais, até falecer!
Naquele lago havia tudo o que queria; asfixiou a si mesmo, que ironia!
Janete Sales Dany
Todos os direitos reservados