Navalha
De alguma forma ainda estou aqui
Talvez na ponta de um lápis
Ou na navalha que me corta a carne
Mas ainda vivo
Subexisto
Não consigo subir as escadas do ego
As pernas enfraqueceram
Existe algum momento em que sabemos o que estamos a fazer?
Eu preciso ser feliz de novo
Mais uma vez, pra poder morrer
Não é justo
Não é assim que as coisas funcionam?
Ah, já nem insisto mais
Eu leio enquanto espero
Me amontoando de restos esquecidos de alguém
Pedaços
Pedaços inventados
Como os meus?