Terá sido melhor não existir?
Andando sem caso com a brisa
passadas longas com o tempo
esquecido talvez no sonho
ser maquina para não ter sentimento
externar sem a dor da saudade
corpos ilusórios de partes inexistentes.
Por que segredo, se não o tem?
Imaginar (in)sagrado
revés das folhas que caem
e apodrecem por ai.
Sem querer ter hora
não nascer
retumbar abruptamente
espancar a esperança
desalar da luta
de tudo e nada
em côrte nenhuma
palavras ao vento
por cima dos morros
sem chegar a lugar algum.
Medo, medo, medo...
De um dia sofrer...
E perder o amor
que pode ser construído
no castelo da vida
se por ventura
não houver
a eternidade.