Pelo mundo

Sou um visitante

E quando me esqueço, vivo.

Sou um estudante

E de quando em quando guru persuasivo

Se a vida está bela

Eu sou verão ou aquarela

Se chove eu me lembro

Que nada eu entendo

As tantas pessoas

Que tem nelas partes de mim

Tão puras tão boas...

E eu com essas coisas ruins

Eu sou mesmo escravo

Contido num canto, um estopim...

Eu sou meu escarro

E o medo de saber do fim

Eu sou de extremos moderados

De arremedos de pecados

Me empurro na luta

E estranho estar nesse estado

Nesse meio deslocado

Um dia quem sabe

Não precise essas palavras

Que hoje escapam entre as fases

Sentimento agreste

Num cavalo entre as colinas

Deixo o lar pela matina