Insano dilema
Preciso entender que tipo de louco sou,
Quem souber, por favor, me esclareça;
Como cegos do templo que inaugurou,
Ou como aqueles que cortam cabeças?
Quiçá dos que têm a mentira nos lábios,
Funcionando como um véu pro coração;
dos que riem das dúvidas dos sábios,
Por conhecerem apenas à convicção?
Quem sabe dos que aumentam malas,
Pra a viagem aonde bagagem não vai;
E ainda usam a camuflagem das falas,
Em sapiência frondosa qual um bonsai...
Ou ainda, dos que amam a sombra sua,
Por isso, à luz quedam sempre de costa;
Matam as divergências com morte crua,
assim, os sujos purificam-se com bosta...
de que calibre de louco eu sou, enfim,
devo ser algo, pois, tá todo mundo louco;
temo, que um corra em socorro de mim,
diga que não sou engane mais um pouco...
Sei de minha loucura, portanto, nem vem,
Querendo bancar o espertinho comigo;
Se duvidares, me empresta uma de cem,
Que rasgo e como; provo então o que digo...