Não percebo...
Não percebo...
Não percebo o tempo passar
Não percebo o dia chegar
A noite vem chegando
Não percebo a lua estrelar
Vivo assim, sem perceber
Vivo assim, a tontear
Sou tonta por natureza
E mesmo assim, esforço-me por delicadeza
No entanto, viver sem perceber
Nem sempre é sinal de sultileza
Os dias se vão
E não recobro a consciência
Vivo assim, sempre vivendo no mundo na lua
A lua do meu pensamento
E em meio a poesia
Cá estou novamente
Mergulhada no contexto
Qual?
Não sei, pois,
Ao voltar a escrever
já não lembro mais o que fazer
Só me resta dizer que,
Vivo vivendo sem perceber.