ENTRE O TUDO E O NADA
Madrugada, densidade,
Alma angustiada,
Deixa o abrigo do lar,
Sai pelas ruas escuras,
Se mistura,
À paisagem sombria,
Segue sem trajeto,
Sem utopia,
Sem brilho no olhar,
Objeto direto,
Dos questionamentos,
Com absurda rapidez,
Se vai da lucidez,
À loucura,
O que servia,
Já não serve,
O que era leve,
Agora pesa, lesa a tez,
Martela a mente,
Fruto das rasuras,
Das rupturas,
Desse vai e vem,
Rubros sentimentos,
Embates entre,
O tudo e o nada.
Passos que se movem,
Sob as nuvens,
Contra o vento,
Até chegar,
Ao fim da estrada,
Ante a alma rasgada,
O mar,
E uma épica vontade,
De se afogar.
- - - - - - - - - -
TRISTE FIM
A noite é alta
e já me assalta
um medo estranho
não tem tamanho
certo temor
do quê, não sei.
Desconfiei
que nada ganho
nesta aventura
talvez loucura
que me apavora
a toda hora
densa, sombria
tira alegria,
rouba o frescor
da minha vida
que, esmaecida
se acaba em dor.
No vai e vem
eu sou ninguém.
Tu o que és?
Pó aos meus pés.
(HLuna)
Madrugada, densidade,
Alma angustiada,
Deixa o abrigo do lar,
Sai pelas ruas escuras,
Se mistura,
À paisagem sombria,
Segue sem trajeto,
Sem utopia,
Sem brilho no olhar,
Objeto direto,
Dos questionamentos,
Com absurda rapidez,
Se vai da lucidez,
À loucura,
O que servia,
Já não serve,
O que era leve,
Agora pesa, lesa a tez,
Martela a mente,
Fruto das rasuras,
Das rupturas,
Desse vai e vem,
Rubros sentimentos,
Embates entre,
O tudo e o nada.
Passos que se movem,
Sob as nuvens,
Contra o vento,
Até chegar,
Ao fim da estrada,
Ante a alma rasgada,
O mar,
E uma épica vontade,
De se afogar.
- - - - - - - - - -
TRISTE FIM
A noite é alta
e já me assalta
um medo estranho
não tem tamanho
certo temor
do quê, não sei.
Desconfiei
que nada ganho
nesta aventura
talvez loucura
que me apavora
a toda hora
densa, sombria
tira alegria,
rouba o frescor
da minha vida
que, esmaecida
se acaba em dor.
No vai e vem
eu sou ninguém.
Tu o que és?
Pó aos meus pés.
(HLuna)