O riso

Vocês meu riso nunca compreenderão!

Mas também como poderão?

Como poderão?

Se nem da poesia querem saber...

Não param para ler.

Não param para ler...

Quem sabe no oriente,

Haja um entendedor de risos não contentes.

Destes involuntários,

Que me pagam em picado salário

Um fardo de riso por dia.

Eu, que num instante rio,

Outrora mar.

E quem poderá decifrar

Quando estou oceano?

Quando estou oceano

Afogo os seres,

Os engano.

Mas só porque oceano,

Só porque oceano.

Então me canso,

Volto a preencher o rio

E peixes trago para o lado de cá.

Quem os poderá somar?

Quem só mar?

Só rio?

Sorria?

Letícia Braga
Enviado por Letícia Braga em 29/06/2014
Código do texto: T4863190
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