Cecília

Durmo em teu leito como um anjo,

Vejo o teu rosto plácido no sereno,

Desatinado e nebuloso no dilúculo,

Acordo admirado feito execrando.

Sei, porém, que culpa não carrego,

De ter te deixada no mofo crônico,

Viajo! Na sinfonia do teu encanto,

Pois, lembro dos dias do teu canto.

Um canto que esvaece no tumulto,

Imagino-te em meu abraço manso,

Não! Esqueço o teu rosto alvejado,

No meu constrangimento e pranto.

Grito alto o teu belo nome Cecília,

Por que o amor que tenho é eterno,

Vívido feito o teu belo brando riso,

Sinto que agora estou te perdendo.

Não benquisto te perde desse jeito,

Luto por ti até mesmo em sonhos,

Aperto a tua mão e num momento,

Percebo o teu olhar vesgo e fraco.

Oh! Minha querida e doce Cecília,

Sinta a chama do meu amor por ti,

Acorda logo deste mar de lamento,

Que me invade e corrói por dentro.

A tua alma gêmea uniu-se a minha,

Quão se fosse uma criança ingênua,

Portanto, ainda que tenha ido cedo:

Em meu íntimo todo o amor é vivo.

Jeimes Paiva
Enviado por Jeimes Paiva em 13/05/2007
Reeditado em 13/05/2007
Código do texto: T485526
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