Pupilas Dilatadas
E juntando os cacos, uma nova peça tento montar
A antiga escultura me parece aterrorizante
O flashback reflete em meus olhos o horror
Como há possibilidades de evoluir em meio a podridão?
Uma criatura animalesca, o que não se tornar
É preciso pedir o perdão
É preciso se perdoar, eu sei
Os 18 precisam partir
Tempestades assolam as noites
Músicas, quando tinham oportunidade
lançavam-me resquícios do que um dia fora
real
Me puxavam para o Eu
Meu Eu, apaixonada por ele sou
O verdadeiro
Não esse que
tem se esgueirado pelos cantos e
remoído pensamentos
deprimentes
Não esse que
se martiriza e por vezes
acredita ser inferior devido aos
erros cometidos
Não abaixe o som, abra as janelas, deixe-o sair
Assim a mente se expande
Feuer und Wasser e as pupilas dilatam
Um pouco de Klavier e não me encontro mais aqui
Qual a busca afinal?
Monstros não ensinam, monstros apenas destroem tudo o que tocam
Uma busca insaciável por algo inexistente, numa cela fria e úmida
Talvez deva procurar melhor em outro lugar
Amour
amour
Uma insanidade isso acontecer
Não há perfeição
Mas, poderia existir algo
semelhante, né?
O que me faz feliz
Escrever durante a madrugada, ao som de
Ohne Dich
Seria bem difícil
Ohne Dich
Ainda não andei sobre brasas, mas
caminhar entre estrelas,
faz parte da minha rotina
Jogaram fora algo que arranquei do meu peito
Ouça, sua música!
Mein Hertz Brennt
Já sei! É preciso agilizar o passo!
Ok! Estou buscando essa melhora
Acredite, estou tão atordoada, Mutter
Tanta coisa ao mesmo tempo,
não sei nem por onde começar
Meu maior desespero, não decepcionar,
mais um vez
A sutileza não se faz presente no momento,
a profundidade está um pouco rasa
Mas dizem por aí, que a melhor forma de
lidarmos com os sentimentos, é a arte,
mesmo quando não muito bela
-Que arte há aqui?
-Não sei, talvez a arte de tentar enxergar além dos relâmpagos e trovões
Rajadas de vento vêm e desorganizam o que estiver em seu caminho,
portas batem, cortinas agitam-se
e folhas espalham-se sobre o chão
Selvagem, arranca pedaços em meio a carícias
Queima a neve e congela o fogo
Tira o fôlego e asfixia,
depois devolve o ar e finge normalidade
Vício.
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