PROSTRAÇÃO
PROSTRAÇÃO
Pobres brasileiros
Inocentes culpados
Subjugados
Pela falta de ensino
Pelos dominantes desatinos
Pelos heróis apedeutas
Pelos políticos proxenetas
Pelas suas escolhas
Empunhando o saca-rolhas
Para desvirginar Romaneé Contis
Brindando ao descaso
As obras do acaso
Vibrando braços ao nada
Ou a moedas de troco
Gritando sem eco
Jogando um xaveco
Locupletando-se em Bolsas ou a vida
Jogando-se nas sarjetas
Adorando democratura
Mamando nas tetas
Vendendo-se por esmolas
Ou camisetas e dentaduras
Ou ainda quem sabe Havaianas
Belas nos pés de Gisele
Rotas nos pés de ninguéns
Que sonham em novelas
Com galãs de barriga tanquinho
E passam o dia no tanquinho
Tentando limpar a sujeira
Que não some, que teima em ser suja
Que escreve em garatujas
Até quando meu Deus
E ele nem se mexe
E a esperança fenece
E um grito aparece
GOOOOOOOOL
Um brinde, um cale-se
Para sempre
Deitado em berço esplêndido