SÓ POR HOJE

Não me falem de amor, do compartilhamento,
Não me falem de sonhos, de conquistas,
Hoje eu quero a sensação do recolhimento,
Desenvolver um comportamento egoísta.


Hoje eu quero contemplar minha estranheza,
A estreiteza sem saída do eu labirinto,
Quero desnudar a alma, deixa-la indefesa.


Não! não me falem do dia vestido de ternura,
Hoje eu quero me pertencer, celebrar minha loucura.


Sê-la, sorvê-la taça a taça, como se fosse vinho tinto.