Olhos Abertos

É triste, é morto, é seco

Todo dia quando seus olhos se abrem

Não vê cores, não vê vida

Vê vultos, vê morte, vê preto

Todo o dia , o dia todo

Não lhe resta mais nada

Além das visões que a rodeiam

Ela tenta em vão se distrair, aqui e ali

Mas as visões a cercam, sem dó nem liberdade

Desde menina que sempre tem

Essa prisão sem grades que a mantem

Cercada de vultos do além

Para escapar então só lhe resta

Fechar seus olhos,

Porque se abertos estão

Só vê seus vultos que vem e vão

LOUCURA

Rô Mierling
Enviado por Rô Mierling em 05/04/2014
Código do texto: T4757915
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