Olhos Abertos
É triste, é morto, é seco
Todo dia quando seus olhos se abrem
Não vê cores, não vê vida
Vê vultos, vê morte, vê preto
Todo o dia , o dia todo
Não lhe resta mais nada
Além das visões que a rodeiam
Ela tenta em vão se distrair, aqui e ali
Mas as visões a cercam, sem dó nem liberdade
Desde menina que sempre tem
Essa prisão sem grades que a mantem
Cercada de vultos do além
Para escapar então só lhe resta
Fechar seus olhos,
Porque se abertos estão
Só vê seus vultos que vem e vão
LOUCURA