Ode ao repente, de repente!
Tem um mundo que me ama. Tem um mundo que me pisa; que me tatua; que se insinua e me difama. Tem um mundo que bem-me-quer e de bem-te-vis. Tem um mundo de ódio. Tem um mundo de flores. Mundo de sabor e amor(es). Tem um mundo de ternura e de fartura. E todo mundo tem um mundo. Ou de invólucros ou de malícias. Ou de raios ou fendas. Ou de lampiões, quiçá odaliscas.
Se de tigres ou tupinambás; buracos negros ou sabiás.
Tem um mundo, lá fora;
Tem um mundo, aqui dentro.
Todo imundo, este encanto tem tudo dentro, e fora de mim!
É uma bagunça de mundos - que não deixa de ser poética, mas que me deixa escolher em qual deles pretendo morar.