Ode ao repente, de repente!

Tem um mundo que me ama. Tem um mundo que me pisa; que me tatua; que se insinua e me difama. Tem um mundo que bem-me-quer e de bem-te-vis. Tem um mundo de ódio. Tem um mundo de flores. Mundo de sabor e amor(es). Tem um mundo de ternura e de fartura. E todo mundo tem um mundo. Ou de invólucros ou de malícias. Ou de raios ou fendas. Ou de lampiões, quiçá odaliscas.

Se de tigres ou tupinambás; buracos negros ou sabiás.

Tem um mundo, lá fora;

Tem um mundo, aqui dentro.

Todo imundo, este encanto tem tudo dentro, e fora de mim!

É uma bagunça de mundos - que não deixa de ser poética, mas que me deixa escolher em qual deles pretendo morar.

Alexandre Bonilha
Enviado por Alexandre Bonilha em 06/03/2014
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