O MONSTRO
Monstro cruel
Que me come
Me destrincha
Me amargura e me consome...
Monstro-animal
Que me faz mal...
Fera sem face, sem cor
De maldade sem fim
Invasor de mim!
Ante suas garras, respiro
Aprisionada e muda, suspiro!
Cruel criatura
Que da nudez de minh’alma
Se aproveita!
Fera maldosa
Que, sem pressa,
M’spreita!
Apareça, brote do chão,
Cítrica flor em botão!
Desejo latente
Acelera meus sentidos!
Venha logo, réstia de luz
Mate o monstro
Re-ilumina o solitário breu
De mim!
Refaça, do meu relógio, os ponteiros!
Antes de acordar de vez
Quero sorrir primeiro!
Invada cada espaço
Dos meus trancafiados sonhos
Destrua, com sua doce claridade
Essa masmorra
Antes que eu me vá
Antes que eu morra!
Onde exista uma janela
Que me mostre uma fresta
Que não seja o paraíso
Mas... um quintal
Cheio de flores
Cheirando a amores
Que me faça voltar
...a viver!
Que me preencha
De incontida sintonia
Para que eu, renovada,
Crie versos diversos
Que, libertos, (trans)bordarão
Das pontas dos meus dedos
Das palmas das minhas mãos!
Monstro cruel
Que me come
Me destrincha
Me amargura e me consome...
Monstro-animal
Que me faz mal...
Fera sem face, sem cor
De maldade sem fim
Invasor de mim!
Ante suas garras, respiro
Aprisionada e muda, suspiro!
Cruel criatura
Que da nudez de minh’alma
Se aproveita!
Fera maldosa
Que, sem pressa,
M’spreita!
Apareça, brote do chão,
Cítrica flor em botão!
Desejo latente
Acelera meus sentidos!
Venha logo, réstia de luz
Mate o monstro
Re-ilumina o solitário breu
De mim!
Refaça, do meu relógio, os ponteiros!
Antes de acordar de vez
Quero sorrir primeiro!
Invada cada espaço
Dos meus trancafiados sonhos
Destrua, com sua doce claridade
Essa masmorra
Antes que eu me vá
Antes que eu morra!
Onde exista uma janela
Que me mostre uma fresta
Que não seja o paraíso
Mas... um quintal
Cheio de flores
Cheirando a amores
Que me faça voltar
...a viver!
Que me preencha
De incontida sintonia
Para que eu, renovada,
Crie versos diversos
Que, libertos, (trans)bordarão
Das pontas dos meus dedos
Das palmas das minhas mãos!