O Poeta
Quase mudo
Pouco se expressa
Carrega com versos e barulhos
As armas do poeta.
Pode tudo
Sem muita pressa
Por sonhos caminha no mundo
Qualquer felicidade celebra.
Nesse minuto
No papel se arremessa
Pouco importa em parecer justo
Não se interessa.
Quer escrever sobre certos casos
Daqueles que nunca rola paixão
Em que o nome mentiu
E sequer acompanhou ao portão
Tão pouco se despediu
Ou fez alguma questão.
Também sobre o “não amor”
Adorável como pudim de mercado
Bom para os olhos
Ruim após o contato
Que serve para saciar a vontade
E só assim devora outro pedaço.
Eis o mundo
Daquele que confunde ou liberta
Não deveria, contudo
Vos apresento o poeta.