AVENIDA DOS SERES

Continuam a saltitar,

peregrinam a bravejar,

pensar e cogitar,

faz parte da sobrevivência,

procuram aquela inocência,

redentora essência,

à meia idade da convivência,

na cidade faz a diferença,

pela avenida classificatória,

pulam, louvam, desesperam,

dançam sem saber o rumo,

sem saber para onde se vai,

de onde veio ou quem é,

o vento não fala, leva,

corpo sedento de alma lavada,

perde-se porque queres,

sonhos te faz toda noite,

salvarás quando acordar,

olha o sol que aquece a pele,

já é manhã que não vistes,

embora outros mudem sem precedentes,

uns aindam prosseguem brilhantes.

Seres de outra espécie,

seres de olhos e sangue,

esperamos que sejem daqui,

tenham coração e força nos braços,

pela avenida ainda questionam,

olham pro lado à procura,

muitos perguntam teu nome,

são mais que amigos,

a tempos andam de mãos dadas,

com paixões atrapalhadas,

sem explicações descentes,

prosseguem, desmentem,

mostram à frente o que é natureza,

ser humano e sua destreza.

Ser belo, ser mutável,

tuas entranhas são desconhecidas,

passa vento e leva rápido,

pedaços de carne que não vivem,

talvez apareçam pela noite,

perdoados do pé à cabeça,

a sentir o que satisfaz,

suas beiras impermeáveis,

pela avenida serão curados,

encontrados continuam.

Sr Evasivo
Enviado por Sr Evasivo em 01/02/2014
Reeditado em 01/02/2014
Código do texto: T4674169
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.