Vera

Vera varria a varanda e ria,

De forma estranha em demasia,

Não era riso natural eu percebia.

Não sei se ria do que via,

Ou se ria do que não via.

Da via de onde eu a via;

Eu via o quanto ela ria,

Todavia, os por quês eu desconhecia,

Talvez os pormenores só ela sabia,

Ou certamente, nem ela sabia.

O que varrer ali já não havia,

Mas Vera varria, varria, varria

E insanamente ria, ria, ria!

Roberto Jun
Enviado por Roberto Jun em 26/01/2014
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