Vera
Vera varria a varanda e ria,
De forma estranha em demasia,
Não era riso natural eu percebia.
Não sei se ria do que via,
Ou se ria do que não via.
Da via de onde eu a via;
Eu via o quanto ela ria,
Todavia, os por quês eu desconhecia,
Talvez os pormenores só ela sabia,
Ou certamente, nem ela sabia.
O que varrer ali já não havia,
Mas Vera varria, varria, varria
E insanamente ria, ria, ria!