ETERNOS ADOLESCENTES

“Às vítimas do Meco”

Quem sois, ó vós

Filhos tão imprudentes,

Cascas de noz

Eternos adolescentes?

Na madrugada

De todos os dislates

Um triste nada

Em brumas encontrastes.

De brio solto

E com alma perdida

O mar revolto

Assaltou-vos a vida.

Praia fatal

Para além da cidade

Num ritual

Sem norte e sem idade.

Mar de silêncio

Sob capas discretas

Quebra consenso

De verdades concretas.

Rio inseguro

De emoções despregadas

Haverá futuro

Pra outras madrugadas?

Frassino Machado

In RODA-VIVA POESIA

FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 25/01/2014
Reeditado em 25/01/2014
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