ETERNOS ADOLESCENTES
“Às vítimas do Meco”
Quem sois, ó vós
Filhos tão imprudentes,
Cascas de noz
Eternos adolescentes?
Na madrugada
De todos os dislates
Um triste nada
Em brumas encontrastes.
De brio solto
E com alma perdida
O mar revolto
Assaltou-vos a vida.
Praia fatal
Para além da cidade
Num ritual
Sem norte e sem idade.
Mar de silêncio
Sob capas discretas
Quebra consenso
De verdades concretas.
Rio inseguro
De emoções despregadas
Haverá futuro
Pra outras madrugadas?
Frassino Machado
In RODA-VIVA POESIA