Paranoia
Acorrentado em uma cela espiritual
Torturado pelo desespero mental
Medo e sofrimento fluem em um mar de podridão
Que se estende a partir da mente até poluir o coração
A paranoia faz de mim um escravo
E pelo medo é que sou controlado
É como caminhar por uma estrada de espinhos descalço
Tendo apenas os sussurros de tormento do diabo
E assim aos poucos vou perdendo os sentidos
E a lucidez que mascara a razão
Como se estivesse mergulhando em um rio
E caindo na boca de um feroz tubarão
E essa forma literal complementa a ideia
Dessa confusão sem sentido que atormenta a cabeça
Que transforma a realidade mais comum em tragédia
E alimenta o coração com um mundo de incertezas.