Rompimento
Essa força paralisante
Largo espaço a todo instante
Esse descomunal gigante
Que envolve e faz congelar
Essa letargia infinda
Que prende, põe na berlinda
Antecipadamente se vinga
Da ideia de mudar
Deserto que desnorteia
Mar que nem sequer mareia
Domo, cela, claustro, aldeia
Ápice do ignorar
Paradigma amaldiçoado
Ranço, estorvo mofado
Recorrente eternizado
Vício, vitalício olhar
Alma em transe mergulhada
Sob a névoa camuflada
Impotente e conformada
Por favor, quer me soltar?