O TEU OLHAR
(Socrates Di Lima)

Em rabiscos traço o teu olhar,
misturo as cores do meu dia,
Minha mente uma imagem a retratar,
Como retrato em poesia...

Daqui, não vejo teu olhar,
Mas sinto ao longe certa tristeza,
Distante em não poder me amar,
E as lágrimas escondem a tua beleza...

O teu olhar está triste,
Triste está o teu olhar,
Talvez uma nostalgia que insiste,
Em teu semblante marcar.

Quase um olhar perdido,
Em tanta divagação,
Talvez um choro contido,
Nas sombras do coração.

Fecho os olhos e sinto,
Lágrimas em chuva,
Como se perdido em labirinto,
Teu olhar, dobrando  numa curva.

O teu olhar de bem me ver,
Com os olhos do coração,
Um olhar que eu quero crer,
Que é o meu olhar de sublimação.

O teu olhar de saudade,
De me querer por perto,
Não um olhar de caridade,
Mas, um doce olhar, de certo.

Ah! Mulher! O teu olhar vagante,
Ao longe, na janela da minha saudade,
Hoje queria o teu olhar insinuante, olhar de amante
Sem pudor, real e de voracidade.

O teu olhar menina....
Que o meu olhar não vê,
Mas, sinto, o teu olhar me ilumina,
Isso e certo, nisso minha alma crê.

O teu olhar ao longe me afaga,
Triste ou não....
E o meu olhar em chuva traga,
A bebida do meu te querer em devoção.
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 21/01/2014
Reeditado em 21/01/2014
Código do texto: T4658738
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