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Amor visceral
(A Charles Baudelaire)
No vaguear imponente dos teus passos. Deliro,
Qual fera esfaimada espreita a presa. Anseio,
Respiro a fundo o odor dos teus vestígios,
Como quem sorve o sumo quente dos teus veios.
Filho do barro a quem venero e tenho fome,
Até tua sombra em mim desperta cobiça,
Ah! Ardência que me toma e consome,
Em mastigar, com doçura, tuas vísceras.