A MORTE
Fecham-se as portas, as comportas
Janelas, grades.
Fecham-se os sorrisos
E bocejam os homens
Gritando a dor de um amor
Grego selvagiano.
Desejos dilacerados, sonhos inacabados
E o círculo se completa
Com flores terra e prantos.
Fecham-se porteiras, caminhos becos
Ruas ficam desertas.
E das frestas,
Observam enclausurados
Os soldados contemporâneos.
E num delírio único espera de Netuno
O desvendar dos fatos.
Rolam lágrimas
E desenrolam pensamentos
Nas mentes inacabadas.
E no afã louco da razão
Fecham-se as portas, as comportas
Fecham-se as cortinas
Pra se viver um novo ato...