A MORTE

Fecham-se as portas, as comportas

Janelas, grades.

Fecham-se os sorrisos

E bocejam os homens

Gritando a dor de um amor

Grego selvagiano.

Desejos dilacerados, sonhos inacabados

E o círculo se completa

Com flores terra e prantos.

Fecham-se porteiras, caminhos becos

Ruas ficam desertas.

E das frestas,

Observam enclausurados

Os soldados contemporâneos.

E num delírio único espera de Netuno

O desvendar dos fatos.

Rolam lágrimas

E desenrolam pensamentos

Nas mentes inacabadas.

E no afã louco da razão

Fecham-se as portas, as comportas

Fecham-se as cortinas

Pra se viver um novo ato...

edilton santos
Enviado por edilton santos em 05/01/2014
Código do texto: T4637787
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