POEMA MODERNO

POEMA MODERNO

No néctar do leite de um rio pardo

Areias sólidas escorrem pela multidão

Que frita ovos no asfalto quente

Voluptuosas Cinderelas de viver dolente.

Espasmos flutuantes de uma massa fria

Esqueléticas vibrações de um sorriso frívolo

Sensações ligeiras esfacelando a mente

De turvas águas de uma gruta quente.

Antagônicas visões de um lobisomem feio

Que pululam nas águas do coaxar dos sapos

Exuberantes frases e ululantes risos

Das hienas que devoram e riem com facilidade.

Vida altaneira de uma verde flâmula

Tremeluzindo no fogo fátuo de águas geladas

Esperança negra de um jogo barato

Que serpenteia airosa ao sabor do mato.

Hey, ofuscantes versos de outros poemas

Que os poetas fazem olhando a piracema

Dos homens que navegam contra a areia grossa

Que a vida oferece desde o nascimento.

O que eu disse mesmo nestes taciturnos versos?

Meu Deus, fiz tudo certo mas sonhando estava.

Antonio Tavares de Lima
Enviado por Antonio Tavares de Lima em 05/01/2014
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