CARTAS MARCADAS
No mormaço da mansa e sonolenta tarde.
A brisa morna entrando pela janela...
Não consigo te tirar do pensamento
Teu amor é seiva que me alimenta.
Deito no tapete... Com sono adormeço.
Os ponteiros param! Estrelas descem...
Somos ilhas ilhíadas nos laços do Amor.
E as comportas se abrem!
De tua boca bebo água e me engasgo.
Acordo assustada!
Conturbado é o desejo...
Que não entendo nunca alcanço
Parecendo sempre impossível...
Distante...
Difícil!
Abstruso...
O amor que tanto busco
Separados pelos extremos
O Norte é a ponte que nos separa
E a água que eu bebo...
Não é fria nem morna.
O mistério me fascina, embriaga.
É o sonífero que cega minha visão
Deturpa minha percepção.
Acordo mais cansada...
Tive um uma aparição!
Ou seria minha alma
Com símbolos se revelando?
Percebo então...
Os códigos que ela usa.
De uma maneira conturbada
Perturbada Lúdica...
Em Lírica explicou-se:
Você parece estar em outra dimensão
Sinto medo terrível da morte
Para estar contigo se preciso for...
Rasgo e sangro minha alma.
Mais cedo ou mais tarde
O encontro será inevitável!
Como cartas marcadas
Anunciadas por anjos do céu