LIBERDADE TOTAL
Cale essa boca maldita
Pelo amor de qualquer
Coisa que valha pelo menos
Um centavo furado.
Sua voz idiota já me irrita
E não suporto mais ouvi-la
Pelo amor dos deuses cósmicos
Não quero ser compreendido por ti,
Apenas quero morrer em paz
Longe desse ruído infernal que desestrutura
Cada tímpano dos meus
Queridos e maravilhosos ouvidos.
Não quero ter ouvidos para ti
Não quero ouvir baboseira
Quero viver em paz comigo mesmo.
Desde que eu seja a fronteira
Entre o tudo e o nada ausente
Que me deixa solto no ar
Em liberdade total.
A solidão por estar sozinho meio à multidão
Deixa-me meio louco ouvindo vozes que não quero ouvir,
Vendo coisas que não quero ver,
Sentindo coisas que não quero sentir,
Por isto quero liberdade total
Para voar ao longe
E chorar quando tenho que chorar
E sorrir quando tenho que sorrir:
_ Não aguento hipocrisia
Só quero mesmo é a liberdade de uma bela poesia!
Aires José Pereira é mineiro de Salinas, poeta por gosto e por pirraça que acredita nas palavras transformadoras de homens e de espaços. Possui 12 livros editados e vários artigos publicados em eventos científicos e Revistas de Geografia. É licenciado e Especializado em Geografia pela UFMT, Mestre em Planejamento Urbano pela FAU-UnB, Doutor em Geografia Urbana pela UFU. É Prof. Adjunto A do colegiado de Geografia do Campus Universitário de Araguaína - UFT; Membro efetivo da Academia de Letras de Araguaína e Norte Tocantinense; Pesquisador do NURBA e coautor do Hino Oficial de Rondonópolis - MT.