LIBERDADE TOTAL

Cale essa boca maldita

Pelo amor de qualquer

Coisa que valha pelo menos

Um centavo furado.

Sua voz idiota já me irrita

E não suporto mais ouvi-la

Pelo amor dos deuses cósmicos

Não quero ser compreendido por ti,

Apenas quero morrer em paz

Longe desse ruído infernal que desestrutura

Cada tímpano dos meus

Queridos e maravilhosos ouvidos.

Não quero ter ouvidos para ti

Não quero ouvir baboseira

Quero viver em paz comigo mesmo.

Desde que eu seja a fronteira

Entre o tudo e o nada ausente

Que me deixa solto no ar

Em liberdade total.

A solidão por estar sozinho meio à multidão

Deixa-me meio louco ouvindo vozes que não quero ouvir,

Vendo coisas que não quero ver,

Sentindo coisas que não quero sentir,

Por isto quero liberdade total

Para voar ao longe

E chorar quando tenho que chorar

E sorrir quando tenho que sorrir:

_ Não aguento hipocrisia

Só quero mesmo é a liberdade de uma bela poesia!

Aires José Pereira é mineiro de Salinas, poeta por gosto e por pirraça que acredita nas palavras transformadoras de homens e de espaços. Possui 12 livros editados e vários artigos publicados em eventos científicos e Revistas de Geografia. É licenciado e Especializado em Geografia pela UFMT, Mestre em Planejamento Urbano pela FAU-UnB, Doutor em Geografia Urbana pela UFU. É Prof. Adjunto A do colegiado de Geografia do Campus Universitário de Araguaína - UFT; Membro efetivo da Academia de Letras de Araguaína e Norte Tocantinense; Pesquisador do NURBA e coautor do Hino Oficial de Rondonópolis - MT.

Aires José Pereira
Enviado por Aires José Pereira em 19/11/2013
Reeditado em 23/02/2015
Código do texto: T4577548
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