PAPO MALUCO
Mário Carlos Drummond de Andrade em mim
De verdade de poemas
De Manuel Bandeira
Como poesia verdadeira
Numa voz aveludada
Como nunca deixou escapar.
Em mim Cecília Meireles
Poetiza seus poemas como
Nunca, enquanto Laurence Ferlighetti
Voa rasante com sua obra
Maravilhosa comunicando
Vladimir Maiakovski de que tudo
Não passou de um sonho,
Apesar de o sonho ser
Parte dos delírios de
Poetas que são chamados de loucos
Só porque enxergam além
Dos horizontes...
Nesse instante vejo uma relíquia
Do bem estar social em
Quase tudo que vejo,
Mas vejo que há uma escuridão por
Trás da cortina de fumaça,
Que ofusca o passo seguinte...
O problema está por ser resolvido
E o filosofo Sócrates
Disse-me que Carlos Drummond de
Andrade é um mineirinho
Que leva a mineirice por onde
Anda e ainda se orgulha disso,
Mas, eu ainda busco entender cada palavra
Inventada pela circunstância da vida
Que possibilita um pensar
Meio maluco por nada
Além do nada ausente de tudo...
Aqui embaixo vejo as nuvens
Formando no céu e a chuva
Cair em dança acrobática
Molhando o chão e os
Planos de papel que
Os tantos não concretizaram...
A concretude do sonho ainda
Está por vir em forma de
Uma tempestade momentânea
Que ensurdece, que enlouquece,
Que esmorece, mas traz consigo
Uma esperança de dias melhores...
Aires José Pereira é mineiro de Salinas, poeta por gosto e por pirraça que acredita nas palavras transformadoras de homens e de espaços. Possui 12 livros editados e vários artigos publicados em eventos científicos e Revistas de Geografia. É licenciado e Especializado em Geografia pela UFMT, Mestre em Planejamento Urbano pela FAU-UnB, Doutor em Geografia Urbana pela UFU. É Prof. Adjunto A do colegiado de Geografia do Campus Universitário de Araguaína - UFT; Membro efetivo da Academia de Letras de Araguaína e Norte Tocantinense; Pesquisador do NURBA e coautor do Hino Oficial de Rondonópolis - MT.