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Deixo-me levar ao vento
Solta assim,
Fluindo como o pensamento
Em tardes de ninguém
Minhas partículas
Espalhando-se ao sabor da aurora
Indo-se embora
Sem nenhum lamento
E eu desapareço de mim
Sem vestígios dessa pantera
Que passeia pela selva
Com olhos brilantes...
Meus ecos se esvaem pelos montes
Sou um som de um non sanse
De uma intempestiva sanidade
De saudade
De lembrança...
Sou pintura
E a moldura dessa tela
Sou Art Nouveau.
Sou safira
Sou esfirra
Banquete e dejejum.
Para o paladar apurado
e não para de qualquer um...
Sou pequi
Sou flor de cácto
Água de nascente
Que demente
Derramo-me pelas cachoeiras,
Esgueiro-me pelas beiras dos rios
E rio das pedras constantes em seu lugar...
Hoje, eu sou a sensação da luz da lua sobre as águas
Ofuscando os olhos da indecisão
Sou o sim,... e o não
Mas nunca o talvez...

 
Irene Cristina dos Santos Costa - Nina Costa, 05/11/2013
Nina Costa
Enviado por Nina Costa em 05/11/2013
Reeditado em 06/11/2013
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