OVERDOSE DE AÇUCAR
Tô de bobeira
Numa doideira
Na maior confusão
Medi a glicose
Que está muito alta
Tá tudo piscando
Luzes da ribalta
Ontem errei na dose
Acordei com overdose
De açúcar no sangue
Não consegui dormir
A noite toda acordada
Fazendo muito xixi
Uma sede danada
Me sentindo mal
Um tanto fora do ar
Cabeça arriando
Me inspirando poetisar
As palavras chegam sem anunciar
Ficam borbulhando na massa cinzenta
Estimulando a criação
Me incomodando qual comichão
De forma tal que tomam tudo
Cérebro, cerebelo, razão
Não tem outro jeito
Levantar é a solução
Começo a escrever
Sem muito pensar
Colocar no papel
O que vem na mente
Que coisa louca
Nada coerente
Me toma inteira
É muita doideira que está acontecendo
Não sei se estou viva
Ou estou morrendo
Se isto acontecer morro feliz
Fazendo o que quero
Escrevendo versos que viram poema
Não quero a morte como tema
Quero vida, mais do que vida
Escrever a alegria
Transformar em poesia o canto dos pássaros
Que me encantam, com seu canto
Alegrando meu canto
Com notas sonoras e clave de sol
Que entra pela minha janela
Aquecendo a mente
Acordando o corpo
Que me faz reagir
Acordar para o dia
Viver a vida
Da forma mais feliz que posso
Mente sã. Corpo são
Que não mente, tão somente
Quer viver vida plena
Grande paixão
Que tira o sono
Mas não te incomoda
Pelo contrário te faz viva
Bela e formosa
Pele bonita e radiante
Olhos brilhantes que denunciam
Que o amor está no ar
E você o que está esperando?
Saia de si...sinta o outro
Se jogue no jogo de amar
(Vera Helena)
Vitória/ES – Em 07/10/2013 -