INTUINDO COM PÉS, MÃOS, CORAÇÃO, TALVEZ ASAS ...
Das cores
vermelhas, amarelas, azuis ...
Gosto das suas nuances
dos seus reflexos
claros ou escuros
Não me tenta
apegos
O homem é falho
o verbo é falho
mas
tenta dizer a que veio
Dou minhas
escapadelas
e tento dividir
meu pensar
meus sentimentos
meus poemas
sem grandes pretensões
Mais das vezes
não tenho programação
deixo fluir
sigo a intuição
Outras vezes
a loucura se acerca
Pinço a parte
do grito
da dança
do fazer com ousadia
das vontades que teimam
em ser leves
O acaso
ora me en-leva
ora me atropela
E nessa de ir e voltar
devoro generosas porções
de amor
me alimento
me consumo
me renovo
No momento
atravesso pontes
rodo caminhos
mas
já aprendi a nadar
e minhas braçadas
alcançam lonjuras
Logo, logo
vou aprender a voar
e ai
o que será
será ...