guarda meu amor, oh rio!

desce me a vértebra vindo sinuoso de ravinas abertas e de palavras

escapulidas de janelas que olham o mar onde se entregas pra filhar (mais) rio entregue ao sol e às chuvas dividindo o em dedos feito luva

pra esticar se em proteção ao lago que parece parado

- mas dentro dele; intensa rebelião -

entranhas tumultuadas de paixão

esvaindo se em canal boquiaberto

- ducto frenético –

aberto d’ um leito

espremido do peito

um rio de desejos com braços abertos

rumando forte e cego ao tempo

fragilizando amor

estampado em rosto

a descoberto...

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**MarySSantos**

MarySSantos
Enviado por MarySSantos em 18/09/2013
Reeditado em 18/09/2013
Código do texto: T4487153
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