Explode!
Sai o corte da linha
Passo a nuvem cinzenta
O vento soprante
E a teia enroscada
Enrascada
Emboscada
Que eu mesma teci
No coração aquele
Grande vazio que
Congela ao olhar
Às mãos frias
Carrego o meu delírio
Um rol de palavras
Confusas conflitantes
Reflito.
Mas o céu insiste,
Sem cor
Afasto o que me aproximava do fim
Mas jamais, até
O momento, consegui
Livrar-me própria
De meu eu. O ego
Suave e amargo.
Vem do âmago, estoura
Explode. Me invade
Afago-me. Amorteço
Sumi.