*crise de abstinência
não quero mais esse vício
esfumaçando a cor dos olhos
e rasgando minhas narinas
não quero mais esse desespero
segundo a segundo
consumindo me por etapas
não quero mais esse feitiço
judiando-me o corpo
a peso de tapas
não quero, não quero
as fissuras de ilusões
devorando me os dedos
mas peço-te; nesta febre
não te acabes de dentro
de mim