Salve-se quem puder!
Salvem-se se puderem!
Vejam quanto amor!
Quanta paz no seio da guerra,
Quanta dor e insípido sabor;
Quanto ouro e prata de lata,
Quanta miséria, séria...
Quanta beleza no meio da feiúra,
Quanta bondade acuada,
Quantos beijos falsos. Cadafalsos;
Quantas orações ouvidas às avessas,
Oradas em vão por falsos quereres.
Quanta gente pedindo o que não quer;
Quantas horas perdidas de sono,
Meditando nas carícias do pecado.
Quanta gente rezando para
Deus não ouvir as suas orações,
Pois adoram o que fazem de errado
Muito mais do que ao Deus
Que adoram em vão, que honram
Apenas com os lábios, pois o coração está
A mil milhas dali, a Maquinar dinheiro
E a tão acarinhada falsidade.