JANELAS DO TEMPO

O mundo inteiro cabia
Em minha mão;
Hoje não...
Ando tonta
Com esse quebra-cabeças
Que não se monta...
Sei das névoas
Sei do que brilha
Na noite fria
Sei de outros mundos
E dos segundos...
Sei das marcas
Que uma invisível mão
Em meu corpo deixou
Sei das tatuadas lembranças
Que assisto, a todo momento
Na tela da memória
Que não se apagou;
De cada história
Que levarei no tempo
Dentro do peito...
Por onde eu for
Sei do mel
Do branco do papel...
Cópia fiel serei
De alguém que não conheço...?
Isso, com certeza
Desconheço...