PÍNCAROS
São estes
Os píncaros de amor
Daquele alfarrábio antigo
Do meu guarda-pó invadido
Ou daquele velho temor
De conhecer as entranhas da vida
Como dantes...
São fagulhinas cintilantes
Insanas, mudas, carregadas de dor
Mudinha de lírio que corre o jardim
Enfeitando de amarelo aquele arlequim
Que descansa só, em vestes marcantes
Quebrando suas tralhas, desfazendo o calor
Rasgando saudades, dramaturgo das noites
Sou doido portanto, pois rio do nada
E choro por tudo
Como um moribundo
Que vive no mundo
Em roda de Almada
Sim, aquela cidadezinha
Esquecida por outrem
Que hoje ou ontem
Deseja morrer
Tenho pressa, pois nos píncaros
Encontrarei a altitude necessária
E por menos de um segundo sentir
A queima da última falta
Os brinquedos finos e chocalhos
Que não sentirão se eu partir
Pelos trilhos e almas dos falhos
Que garganteiam naquela montanha alta...
em Nova Nazaré, Mato Grosso
São estes
Os píncaros de amor
Daquele alfarrábio antigo
Do meu guarda-pó invadido
Ou daquele velho temor
De conhecer as entranhas da vida
Como dantes...
São fagulhinas cintilantes
Insanas, mudas, carregadas de dor
Mudinha de lírio que corre o jardim
Enfeitando de amarelo aquele arlequim
Que descansa só, em vestes marcantes
Quebrando suas tralhas, desfazendo o calor
Rasgando saudades, dramaturgo das noites
Sou doido portanto, pois rio do nada
E choro por tudo
Como um moribundo
Que vive no mundo
Em roda de Almada
Sim, aquela cidadezinha
Esquecida por outrem
Que hoje ou ontem
Deseja morrer
Tenho pressa, pois nos píncaros
Encontrarei a altitude necessária
E por menos de um segundo sentir
A queima da última falta
Os brinquedos finos e chocalhos
Que não sentirão se eu partir
Pelos trilhos e almas dos falhos
Que garganteiam naquela montanha alta...
em Nova Nazaré, Mato Grosso