MANHÃ NUBLADA

Temo a escuridão por não entendê-la,

Não tenho quem acalente o meu agonizar,

Continuo chorando em vão pela mulher amada,

Despertando temores em minh’alma abatida,

Vejo a felicidade esvaindo-se com água,

Desespero por saber que a jornada chega ao fim...

Quem contará a minha tosca história

Com um fundo musical de canções épicas?

Onde está o heroísmo dos homens de boa vontade?

Perturbado se encontra o meu pobre espírito,

Por ouvir tantas promessas de paz _ falsa paz!

Deixo o vento direcionar o meu sussurrar...

Ah, minh’amada! Tente exorcizar o meu sofrimento...

A tenebrosa escuridão cai sobre a noite de hoje,

O vento que sussurra do lado de fora me apavora,

O meu espírito antes calmo agora está inquieto,

Não ignore o meu desespero estampado em meu rosto,

A morte procura beijar-me com a sua boca gélida...

Como os dias de agora são sombrios _ escuros!

Não deixe que pessoas falsas digam asneiras

Quando eu estiver mórbido dentro do esquife_

Não poderei me defender com as minhas palavras,

Nem tampouco desprezá-los com um sorriso...

Apenas diga: Ele está morto, não pode mais ouvir!

Jairoberto Costa
Enviado por Jairoberto Costa em 29/07/2013
Código do texto: T4410455
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