Prelúdio de um Sonho
Fecho os segredos na alma
Jogo a chave ao vento
Abro o túnel do tempo
e deixo a dor voar
Deito o coração no colo
Canto uma canção de ninar
Toco na luz das estrelas
Faço a vida brilhar
Sou menestrel das fantasias
deus grego das utopias
Com o corpo em letargia
durmo no templo do verbo amar
Com flores bancas de ternuras
e as cores alegres da candura
deixo os dias perfumar
e de felicidade me inebriar
Cansei do triste poetar
Da vil sina de poeta vulgar
De beber lágrimas de fel
e vaijar pelo o azul do céu
sujando versos no papel
Quero sentir-me nua
Tão formosa como a lua
Com o universo da loucura me encantar
No prelúdio de um sonho morar !
09/09/2004